segunda-feira, 19 de julho de 2010

No campo

Flores pousadas na grama
Frio e orvalho
Próximos da árvore de pobre folhagem
Com copos de um quente chocolate.
O vento gélido
soprava sua sinfonia
velhas cantigas nunca passam...
O vale se mantia como um labirinto de folhas
trilhas pouco elevadas
em divertidos ziguezagues,
onde servia para a distração da criançada.
O sol era o mais preguiçoso do dia
ora dava as caras no alto da cortina cinza,
seria sua folga pois brilhava todo dia.
Pude me alegrar nesse dia
pois vi que mesmo estando esse frio,
mesmo sendo mais um dia
em que meu queixo tremia,
estava ali a natureza.
como moldura e pintura
como pedra e obra-prima,
tudo tinha um por que
tudo tinha sua hora
tudo tinha sua harmonia.

Eduardo Souza

Nenhum comentário:

Postar um comentário