quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Imitador do Vento

Vejo Deus e o Diabo
E não sei de que lado estou

Entre os humanos
Eu não sei quem sou

Minha vida complicada
Nem eu posso entender

Se sou eu o mais fraco
Ou se o mais fraco é você

Não sei de onde venho
Mas vivendo aqui estou

Sou como o vento,
Caminho e nem sei onde vou

Talvez me reste
Algum pedaço de fé

Guardo sempre para
Os males que vier

Sei que o mundo é meu
E sou do mundo

Sei que estou vivo mais
Posso morrer num segundo

Não sei se estou certo ou errado,
No caminho do bem ou caminho contrário

Não sei se durmo ou se fico acordado
Não sei se sou calmo ou irrado

Não sei se sou feio ou bonito
Feliz ou triste, se é que isso existe

Não sei se tenho amor ou paixão
Se sigo a razão ou a emoção

Talvez eu ande em direção ao nada,
Solitário, no vázio da estrada

Ou talvez encontre pessoas no caminho,
Parar e ouvir suas piadas

Sem mesmo saber se vou dar risadas
Sem a ajuda do vinho

Sem dinheiro nem rumo
Na base do prumo

Sem matar, nem roubar
Sem ter medo de arriscar

Pensativo ao atirar
Sem medo de errar

Continuo a caminhar
Sem ninguém a me esperar

Sem temer ao tempo,
Vou com cautela a cada momento

Suave e agressivo ao mesmo tempo

Buscando ser sempre
Um imitador do vento.


Eduardo Souza

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